Santo Agostinho









Biografia de Santo Agostinho

Santo Agostinho
Filósofo e teólogo africano

          Santo Agostinho (354 - 430 d.C) foi um filósofo, escritor, bispo e teólogo cristão responsável pela elaboração do pensamento cristão medieval e da filosofia patrística.
         Agostinho nasceu em Tagaste, na atual Argélia. Foi educado em Cartago e lá se tornou professor de retórica. Aderiu ao pensamento maniqueísta, que pregava a regência do mundo através de duas forças, o bem e o mal. Mas a influência de Santo Ambrósio foi decisiva para convertê-lo ao cristianismo em 386.
         O resultado de sua conversão é o livro “Confissões”, onde revela os caminhos da fé em meio às angústias do mundo. O livro é uma autobiografia que também imprime o seu pensamento filosófico. Outra obra de grande destaque é “Cidade de Deus”, onde discute a questão da metafísica do pecado original contido na Bíblia.
         Para Agostinho, o caminho para a verdade estava na fé, mas a razão era o melhor meio para provar a validade das verdades. Famosa é a sua frase: “Compreender para crer, crer para compreender”.
         Santo Agostinho foi influenciado pelo pensamento de Platão, cuja essência, era a de que a alma era aprisionada pelo mundo sensível. A partir desse pensamento, elaborou a doutrina da iluminação divina, na qual, a percepção do verdadeiro tem por causa a luz que provém de Deus.
         Morreu em Hipona e deixou uma obra fundamental para a doutrina da igreja católica e que foi registrada em muitos gêneros -  tratados filosóficos, teológicos, comentários, sermões e cartas.

Fonte: http://www.e-biografias.net/


Santo Agostinho
13/11/354 - Tagaste, Numídia (atual Souk Agras, na Argélia)
28/08/430 - Hipona (atual Bona, Argélia)

Filósofo e Santo Católico

         Agostinho era filho do pagão Patrício, africano romanizado e pequeno proprietário que se fez batizar na hora da morte, e de (Santa) Mônica, cuja fé cristã influenciou o filho e contribuiu para sua conversão. Recebeu uma formação cultural clássica e a leitura de obras de Cícero o levou à busca filosófica que o faria assumir posições intelectuais diferentes antes de chegar ao cristianismo católico. Foi professor de retórica e gramática.
         Durante a juventude e o início da vida adulta, entregou-se a uma vida desregrada e promíscua. Teve um filho de uma concubina, chamado Adeodato, que morreu aos 16 anos.
         Agostinho aderiu inicialmente ao maniqueísmo, doutrina do profeta persa Mani, para quem o universo é o campo de batalha entre as forças do bem e do mal. Depois, tornou-se um cético filosófico e dedicou-se ao estudo de Platão e do neoplatonismo, na obra de Plotino. Mesclou a influência desses dois mestres em sua filosofia cristã.
         Segundo relata em suas "Confissões", a conversão ao cristianismo deveu-se a um episódio envolvido em mistério. Agostinho escutou a voz de uma criança, que lhe dizia "Toma e lê". Abriu a Bíblia ao acaso e leu as seguintes palavras do apóstolo Paulo: "Como de dia, andemos decentemente; não em orgias e bebedeiras, nem em devassidão e libertinagem, nem em rixas e ciúmes. Mas vesti-vos do Senhor Jesus Cristo e não procureis satisfazer os desejos da carne" (Romanos, 13,13). Em 387, foi batizado por (Santo) Ambrósio, bispo de Milão.
         Depois do batismo, retornou à África, onde foi ordenado sacerdote, em 391, e depois bispo de Hipona (atual Bona, na Argélia), em 396. Agostinho escreveu obra extensa, das quais podem se destacar as "Confissões", de 398, a primeira autobiografia da literatura universal, "A Trindade", obra pioneira no âmbito da psicologia, e "A Cidade de Deus", de 427, em que estabelece a diferenciação entre a felicidade terrena e a felicidade espiritual.
         A obra filosófica de Santo Agostinho leva em conta sua experiência pessoal e tem um caráter inegavelmente introspectivo. Agostinho distingue na personalidade humana uma trindade formada por memória, inteligência e vontade, e é compreendendo-a que se pode compreender a trindade divina.

Fonte: http://educacao.uol.com.br/biografias/santo-agostinho.jhtm

Santo Tomás de Aquino






Biografia de Santo Tomás de Aquino

         Tomás de Aquino (1225-1274), considerado doutor da igreja católica juntamente com Santo Agostinho, é um dos maiores filósofos da humanidade. É considerado o maior nome da escolástica e santo da Igreja Católica, com o cognome de Doctor Angelicus.
         Tomás de Aquino veio de uma família de nobres. Nasceu em Aquino, localizado em Roccasecca, atual Lácio, na Itália. Fez seus primeiros estudos no castelo de Monte Cassino. Em 1239, estudou as artes liberais, conjunto de disciplinas de iniciação ao conhecimento filosófico e teológico, Em Nápoles.
         Em, 1240, tornou-se discípulo de Aberto Magno em Colônia. Em 1252, formou-se em teologia. Na Itália, foi nomeado professor na cúria pontifical de Roma.
         Tomás de Aquino reestruturou o ensino na Universidade de Nápoles. Fez parte da idealização do concílio de Lyon, promovido pelo Papa Gregório 10°.
         Tomás de Aquino tem importância fundamental para o pensamento filosófico e teológico do ocidente. Em sua obra principal, a “Suma Teológica”, expôs através de questões, os assuntos mais relevantes sobre a fé e o conhecimento filosófico.
         Na obra, o filósofo e teólogo teve como preocupação central mostrar a relação entre o cristianismo e a filosofia clássica grega, tendo as ideias de Aristóteles como fundamento. O conjunto de livros é uma das obras centrais da literatura ocidental, além de ser o sustentáculo do tomismo, corrente filosófica que tem as teorias de Tomás de Aquino como substrato.
         O tomismo foi um dos argumentos usados pela Igreja Católica para reafirmar a fé cristã, principalmente na contrarreforma, que tinha a intenção de combater o protestantismo na Europa.
         Tomás de Aquino foi considerado doutor da Igreja Católica, príncipe da escolástica. Foi canonizado em 1323, pelo Papa João XXII. Morreu na Abadia de Fossenova, antes de participar do Concílio de Lyon.

Fonte: http://www.e-biografias.net/


Santo Tomás de Aquino
1225, Roccasecca, perto de Nápoles (Itália)
7 de março de 1274, Convento de Fossanova, Província de Latina (Itália)

Filósofo e Teólogo Italiano

         Nascido em uma família de nobres, Tomás de Aquino fez os primeiros estudos no castelo de Monte Cassino. Em Nápoles, para onde foi em 1239, estudou artes liberais, ingressando, em seguida, na Ordem dos Dominicanos, em 1244. De Nápoles, a caminho de Paris, em companhia do Geral da ordem, foi sequestrado por seus irmãos, inconformados com seu ingresso no convento.
         No ano seguinte, fiel à sua vocação religiosa, viajou a Paris, onde se tornou discípulo de Alberto Magno, acompanhando-o a Colônia. Em 1252, voltou a Paris, onde se formou em teologia e lecionou durante três anos. Depois de voltar à Itália, foi nomeado professor na cúria pontifical de Roma.
         Ensina, durante anos, em várias cidades italianas. Uma década depois, retorna a Paris, onde leciona até 1273. A seguir, parte para Nápoles, onde reestrutura o ensino superior. Em 1274, convocado pelo papa Gregório 10º, viaja para participar do Concílio de Lyon. Adoece, contudo, durante a viagem, vindo a falecer no mosteiro cisterciense de Fossanova, aos 49 anos de idade.
         Chamado de Doutor Angélico e de Príncipe da Escolástica, Tomás de Aquino foi canonizado em 1323 e proclamado doutor da Igreja Católica em 1567.

Provas da existência de Deus
         A primeira questão de que se ocupa Tomás de Aquino - na Suma Teológica, sua obra máxima - é a das relações entre a ciência e a fé, a filosofia e a teologia. Fundada na revelação, a teologia é a ciência suprema, da qual a filosofia é serva ou auxiliar. À filosofia, procedendo de acordo com a razão, cabe demonstrar a existência e a natureza de Deus.
         Profundamente influenciado por  Aristóteles, Tomás de Aquino sustenta que nada está na inteligência que não tenha estado antes nos sentidos, razão pela qual não podemos ter de Deus, imediatamente, uma ideia clara e distinta.
         Assim, para provar a existência de Deus, o filósofo procede a posteriori (que virá após uma ação), partindo não da ideia de Deus, mas dos efeitos por ele produzidos, formulando cinco argumentos, cinco vias:

1. O movimento existe e é uma evidência (certeza) para os nossos sentidos; ora, tudo o que se move é movido por outro motor; se esse motor, por sua vez, é movido, precisará de um motor que o mova, e, assim, indefinidamente, o que é impossível, se não houver um primeiro motor imóvel, que move sem ser movido, que é Deus;

2. Há uma série de causas eficientes, causas e efeitos, ao mesmo tempo; ora, não é possível remontar indefinidamente na série das causas; logo, há uma causa primeira, não causada, que é Deus;

3. Todos os seres que conhecemos são finitos (que tem fim) e contingentes (incertos), pois não têm em si próprios a razão de sua existência - são e deixam de ser; ora, se são todos contingentes, em determinado tempo deixariam todos de ser e nada existiria, o que é absurdo; logo, os seres contingentes implicam o ser necessário, ou Deus;

4. Os seres finitos realizam todos determinados graus de perfeição (todas as qualidades), mas nenhum é a perfeição absoluta; logo, há um ser sumamente perfeito, causa de todas as perfeições, que é Deus;

5. A ordem do mundo implica em que os seres tendam todos para um fim, não em virtude de um acaso, mas da inteligência que os dirige; logo, há um ser inteligente que os dirige; logo, há um ser inteligente que ordena a natureza e a encaminha para seu fim; esse ser inteligente é Deus.

Homem, alma e conhecimento
         Para Tomás de Aquino, o homem é corpo e alma inteligente, incorpórea (ou imaterial), e se encontra, no universo, entre os anjos e os animais. Princípio vital, a alma é o ato do corpo organizado que tem a vida em potência.
         Contestando o platonismo e a tese das ideias inatas, Tomás de Aquino observa que se a alma tivesse de todas as coisas um conhecimento inato, não poderia esquecê-lo, e, sendo natural que esteja unida a um corpo, não se explica porque seja o corpo a causa desse esquecimento.
         Conhecer, para Tomás de Aquino, não é lembrar-se, como pretendia Platão, mas extrair, por meio do intelecto agente, a forma universal que se acha contida nos objetos sensíveis e particulares. Do conhecimento depende o apetite, ou o desejo, inclinação da alma pelo bem.
         O homem, segundo Tomás de Aquino, só pode desejar o que conhece, razão pela qual há duas espécies de apetites ou desejos: os sensíveis e os intelectuais. Os primeiros, relativos aos objetos sensíveis, produzem as paixões, cuja raiz é o amor. Quanto aos segundos, produzem a vontade, apetite da alma em relação a um bem que lhe é apresentado pela inteligência como tal.
         Seguindo Aristóteles, Tomás de Aquino diz que, para o homem, o bem supremo é a felicidade, que não consiste na riqueza, nem nas honrarias, nem no poder, em nenhum bem criado, mas na contemplação do absoluto, ou visão da essência divina, realizável somente na outra vida, e com a graça de Deus, pois excede as forças humanas.
 
Catedral de Ideias
         Expressão e apogeu do mundo medieval, o tomismo é uma catedral de ideias, em que a teologia do século XIII (13) encontrou sua formulação mais coerente e mais sólida. No entanto, nem sempre foi aceito pelos escolásticos medievais: os seguidores de Duns Scotus, por exemplo, combateram o seu intelectualismo.
         Somente na segunda metade do século 16 o tomismo foi reconhecido como arma de defesa e ataque da Contrarreforma, época em que surgiram os grandes comentaristas do sistema, entre os quais o dominicano português Johannes de Sancto Thoma (1589-1644).
         Depois de uma época de esquecimento, entre os séculos XVIII (18) e XIX (19), o tomismo renasceu sob a denominação de neotomismo, escola filosófica representada, por exemplo, pelos filósofos Étienne Gilson e Jacques Maritain.

 Fonte:
Enciclopédia Mirador Internacional ,Da Página 3 Pedagogia & Comunicação.  http://educacao.uol.com.br/biografias/tomas-de-aquino.jhtm

Dia do Trabalho


História do Dia do Trabalho
Tela Operários - Tarsila do Amaral.

         O Dia do Trabalho, comemorado no Brasil e em várias partes do mundo em 1º de maio, é uma homenagem a uma greve ocorrida na cidade de Chicago (EUA) no ano de 1886. A data foi marcada pela reunião de milhares de trabalhadores que reivindicavam a redução da jornada de trabalho de 13 para 8 horas diárias. 
         Dias depois, em 4 de maio de 1886, outra manifestação aconteceu em Chicago e resultou na morte de policiais e protestantes. O evento também foi um dos originários do Dia do Trabalho e ficou conhecido como Revolta de Haymarket. Três anos mais tarde, em 1889, o Congresso Internacional Socialista realizado em Paris adotou como resolução a organização anual, em todo 1º de maio, de manifestações operárias por todo o mundo, em favor da jornada máxima de 8 horas de trabalho. 
         No ano seguinte, milhões de trabalhadores da Alemanha, Áustria, Hungria, Bélgica, Dinamarca, Espanha, Estados Unidos, Holanda, Grã-Bretanha, Itália e Suíça fizeram valer as decisões do Congresso de 1889. O dia 1º de maio foi marcado por uma greve geral, onde os operários desfilaram pelas ruas de suas cidades para mostrar apoio à causa trabalhista. O dia passou a ser chamado de “Dia do Trabalho” e passava a comprovar o poder de organização dos trabalhadores em âmbito internacional. 
         A chegada dos imigrantes europeus ao Brasil trouxe ideias sobre princípios organizacionais e leis trabalhistas, já implantadas da Europa. Os operários brasileiros começaram a se organizar. Em 1917 aconteceu a Greve Geral, que parou indústria e comércio brasileiros. A classe operária se fortalecia e, em 1924, o dia 1º de maio foi decretado feriado nacional pelo presidente Artur Bernardes.
         Mesmo tendo sido declarado feriado no Brasil, até o início da Era Vargas o 1º de maio era considerado um dia de protestos operários, marcado por greves e manifestações. A propaganda trabalhista de Getúlio Vargas habilmente passou a escolher a data para anunciar benefícios aos trabalhadores, transformando-a em “Dia do Trabalhador”. Desta forma, o dia não mais era caracterizado apenas por protestos, e sim comemorado com desfiles e festas populares, como é até hoje.
         A Revolução Industrial, iniciada na Inglaterra em meados do século XVIII, expandiu-se para o mundo a partir do século XIX, alterando profundamente as relações sociais e econômicas no meio urbano e as condições de vida dos trabalhadores. A substituição da manufatura pela maquinofatura provocou um intenso deslocamento rural para a cidade, gerando enormes concentrações populacionais, excesso de mão-de-obra e desemprego.
         Além disso, as condições de trabalho naquele período eram muito precárias. As primeiras máquinas utilizadas na produção fabril eram experimentais e, em razão disso, os acidentes de trabalho eram comuns. Os operários, desprovidos de equipamento de segurança, sofriam com constantes explosões e mutilações e não recebiam nenhum suporte de assistência médica, nem seguridade social
         Neste contexto, começaram a surgir os primeiros protestos por mudança nas jornadas de trabalho. Apontada como a primeira lei trabalhista, o Moral and Health Act foi promulgado na Inglaterra por iniciativa do então primeiro-ministro, de Robert Peel, em 1802. Ele fixou medidas importantes, mas inadmissíveis hoje em dia: duração máxima da jornada de trabalho infantil em 12 horas, além de proibir o trabalho noturno.
         Com as insatisfações dos trabalhadores em ascensão, ganharam força os movimentos socialistas que pregavam igualdade. Conscientes das condições precárias de trabalho, em 1848, Karl Marx e Friedrich Engels publicaram o Manifesto Comunista, primeiro documento histórico a discutir os direitos do trabalhador.
Temendo adesões às causas socialistas, o chanceler alemão Otto von Bismarck impulsionou, em 1881, a criação de uma legislação social voltada para a segurança do trabalhador. Ele foi o primeiro a obrigar empresas a subscreverem apólices de seguros contra acidentes de trabalho, incapacidade, velhice e doenças, além de reconhecer sindicatos. A iniciativa abriu um precedente para a criação da responsabilidade social de Estado, que foi seguida por muitos países ao longo do século XX.
         Por todo o mundo, a luta pelos direitos sociais começava a dar resultados. Na América, não foi diferente: a Constituição do México, promulgada em 1917, foi a primeira da História a prever a limitação da jornada de trabalho para oito horas, a regulamentação do trabalho da mulher e do menor de idade, férias remuneradas e proteção do direito da maternidade. Logo depois, a partir de 1919, as Constituições dos países europeus consagravam esses mesmos direitos.
         Após a 1ª Guerra Mundial, o Tratado de Versalhes, que garantiu a criação da Organização Internacional de Trabalho (OIT), impulsionou a formação de um Direito do Trabalho mundial. Àquela época, o conflito entre o capital e o trabalho era visto como uma das principais causas dos desajustes sociais e econômicos que geraram a guerra.
         O trabalho livre e assalariado ganhou espaço após a abolição da escravidão no Brasil em 1888 e com a vinda dos imigrantes europeus para o País. Mas as condições impostas eram ruins, gerando no País as primeiras discussões sobre leis trabalhistas. O atraso da sociedade brasileira em relação a esses direitos impulsionou a organização dos trabalhadores, formando o que viriam a ser os primeiros sindicatos brasileiros.
         As primeiras normas trabalhistas surgiram no País a partir da última década do século XIX, caso do Decreto nº 1.313, de 1891, que regulamentou o trabalho dos menores de 12 a 18 anos. Em 1912 foi fundada a Confederação Brasileira do Trabalho (CBT), durante o 4º Congresso Operário Brasileiro. A CTB tinha o objetivo de reunir as reivindicações operárias, tais como: jornada de trabalho de oito horas, fixação do salário mínimo, indenização para acidentes, contratos coletivos ao invés de individuais, dentre outros.
         A política trabalhista brasileira toma forma após a Revolução de 30, quando Getúlio Vargas cria o Ministério do Trabalho, Indústria e Comércio. A Constituição de 1934 foi a primeira a tratar de Direito do Trabalho no Brasil, assegurando a liberdade sindical, salário mínimo, jornada de oito horas, repouso semanal, férias anuais remuneradas, proteção do trabalho feminino e infantil e isonomia salarial.
         O termo “Justiça do Trabalho” também apareceu pela primeira vez na Constituição de 1934, e foi mantida na Carta de 1937, mas só foi instalada de fato em 1941. A necessidade de reunir as normas trabalhistas em um único código abriu espaço para Consolidação das Leis do Trabalho (CLT), criada em 1943. Entre os anos 1940 e 1953, a classe operária duplicou seu contingente. Aos poucos, também iam nascendo os sindicatos rurais.
         O golpe militar de 1964 representou a mais dura repressão enfrentada pela classe trabalhadora do País. As intervenções atingiram sindicatos em todo o Brasil e o ápice foi o decreto nº 4.330, conhecido como lei antigreve, que impôs tantas regras para realizar uma greve que, na prática, elas ficaram proibidas.
         Depois de anos sofrendo cassações, prisões, torturas e assassinatos, em 1970 a classe trabalhadora vê surgir um novo sindicalismo, concentrado no ABCD paulista. Com uma grande greve em 1978, os operários de São Bernardo do Campo (SP) desafiaram o regime militar e iniciaram uma resistência que se estendeu por todo o País.
         Após o fim da ditadura em 1985, as conquistas dos trabalhadores foram restabelecidas. A Constituição de 1988 instituiu, por exemplo, a Lei nº 7.783/89, que restabelecia o direito de greve e a livre associação sindical e profissional.

Fonte:http://www.brasil.gov.br/sobre/economia/trabalho-carreira/historia-do-dia-do-trabalho-1

Marechal Rondon

Vídeo sobre a Vida e Obra de Rondon.


Cândido Mariano da Silva Rondon
05/05/1865, Mimoso (MT)
19/01/1958, Rio de Janeiro (RJ)
Marechal do Exército, patrono das comunicações no Brasil


         Ainda jovem, Rondon decidiu servir ao Exército e dedicar-se à construção de linhas telegráficas pela vastidão do interior brasileiro. Durante sua vida, percorreu mais de 100 mil quilômetros, abrindo caminhos. Elaborou as primeiras cartas geográficas de cerca de 500 mil km2. Fundou o Serviço de Proteção ao Índio. O marechal entraria para a história como o pacificador e o patrono das comunicações.
         De origem indígena por parte de seus bisavós maternos e da bisavó paterna, Rondon tornou-se órfão precocemente, tendo sido criado pelo avô e depois por um tio. Quando adolescente, incluiu Rondon no seu nome de batismo, Cândido Mariano da Silva, para não ser confundido com um homônimo de má reputação.
         Em 1881, aos 16 anos, formado professor primário, transferiu-se para o Rio de Janeiro para ingressar na Escola Militar. Em 1890, recebeu o diploma de bacharel em matemática e ciências físicas e naturais da Escola Superior de Guerra do Brasil. Partidário das ideias positivistas, participou dos movimentos abolicionista e republicano.
         Em 1º de fevereiro de 1892, casou-se com Francisca Xavier, com quem teve sete filhos, e foi nomeado chefe do Distrito Telegráfico de Mato Grosso. Foi então designado para a Comissão de construção da linha telegráfica que ligaria Mato Grosso e Goiás.
         Rondon cumpriu essa missão abrindo caminhos, desbravando terras, lançando linhas telegráficas, fazendo mapeamentos e estabelecendo relações com os
 índios. Manteve contato com muitas tribos, entre elas os bororo, nhambiquara, urupá, jaru, karipuna, ariqueme, boca negra, pacaás novo, macuporé, guaraya, macurape. Em 1906 entregou uma linha telegráfica entre Cuiabá e Corumbá, alcançando as fronteiras de Paraguai e Bolívia.
         Seus trabalhos desenvolveram-se de 1907 a 1915. Nesta época estava sendo construída a ferrovia Madeira-Mamoré. A chamada Comissão Rondon deveria construir uma linha telegráfica de Cuiabá a Santo Antonio do Madeira.
         Em 1910 criou o Serviço de Proteção ao Índio (SPI). Obteve a demarcação de terras de vários povos, entre eles os Bororo, Terena e Ofayé. Em 1912, Rondon foi promovido ao posto de coronel, depois de ter pacificado os índios das tribos caingangue e nhambiquara.
         Em 1913, ganhou medalha de ouro "por trinta anos de bons serviços" prestados ao Exército e ao Brasil. No mesmo ano acompanhou o ex-presidente americano
 Theodore Roosevelt na sua expedição ao Amazonas. Em setembro de 1913, Rondon foi atingido por uma flecha envenenada dos índios nhambiquaras.
         Salvo pela bandoleira de couro de sua espingarda, ordenou a seus comandados que não reagissem, demonstrando seu lema: "Morrer, se preciso for. Matar, nunca". Em 1914 a Sociedade Geográfica de Nova York conferiu a Rondon o Prêmio Livingstone, e determinou a inclusão de seu nome em uma placa de ouro, ao lado de outros grandes exploradores.
         Em 1914, com a Comissão Rondon, construiu 372 km de linhas e mais cinco estações telegráficas: Pimenta Bueno, Presidente Hermes, Presidente Pena (depois Vila de Rondônia e atual Ji Paraná), Jaru e Ariquemes, na área do atual estado de Rondônia. Em 1º de janeiro de 1915 conclui sua missão com a inauguração da estação telegráfica de Santo Antonio do Madeira.
         De 1919 a 1924 foi diretor de engenharia do Exército. Entre 1927 e 30 inspecionou toda a fronteira brasileira desde a Guiana até a Argentina. Após a revolução de 1930, Getúlio Vargas, o novo presidente, hostilizou Rondon que, para evitar perseguições ao Serviço de Proteção aos Índios, deixou sua direção.
         Em 1938, Rondon promoveu a paz entre a Colômbia e o Peru que disputavam o território de Letícia. No ano seguinte foi nomeado presidente do Conselho Nacional de Proteção ao Índio.
         Em 1952 Rondon propôs a fundação do Parque Indígena do Xingu. No ano seguinte inaugurou o Museu Nacional do Índio. Em 5 de maio de 1955, data de seu aniversário de 90 anos, recebeu o título de Marechal do Exército Brasileiro concedido pelo Congresso Nacional. Em 17 de fevereiro de 1956, o Território Federal do Guaporé teve seu nome alterado para Território Federal de
 Rondônia, em 1981 elevado a estado.
         Em 1957 foi indicado para o prêmio Nobel da Paz, pelo Explorer’s Club de Nova York. O dia 5 de maio é a data em que se comemora o Dia das Comunicações no Brasil.

Fonte: Da Página 3 Pedagogia & Comunicação