Santo Agostinho
Biografia
de Santo Agostinho
Santo
Agostinho
Filósofo
e teólogo africano
Santo
Agostinho (354 - 430 d.C) foi um filósofo, escritor, bispo e teólogo cristão
responsável pela elaboração do pensamento cristão medieval e da filosofia
patrística.
Agostinho nasceu em Tagaste, na atual
Argélia. Foi educado em Cartago e lá se tornou professor de retórica. Aderiu ao
pensamento maniqueísta, que pregava a regência do mundo através de duas forças,
o bem e o mal. Mas a influência de Santo Ambrósio foi decisiva para convertê-lo
ao cristianismo em 386.
O resultado de sua conversão é o livro
“Confissões”, onde revela os caminhos da fé em meio às angústias do mundo. O
livro é uma autobiografia que também imprime o seu pensamento filosófico. Outra
obra de grande destaque é “Cidade de Deus”, onde discute a questão da
metafísica do pecado original contido na Bíblia.
Para Agostinho, o caminho para a
verdade estava na fé, mas a razão era o melhor meio para provar a validade das
verdades. Famosa é a sua frase:
“Compreender para crer, crer para compreender”.
Santo Agostinho foi influenciado pelo
pensamento de Platão, cuja essência, era a de que a alma era aprisionada pelo
mundo sensível. A partir desse pensamento, elaborou a doutrina da iluminação
divina, na qual, a percepção do verdadeiro tem por causa a luz que provém de
Deus.
Morreu em Hipona e deixou uma obra
fundamental para a doutrina da igreja católica e que foi registrada em muitos
gêneros - tratados filosóficos,
teológicos, comentários, sermões e cartas.
Fonte:
http://www.e-biografias.net/
Santo
Agostinho
13/11/354
- Tagaste, Numídia (atual Souk Agras, na Argélia)
28/08/430 - Hipona (atual Bona, Argélia)
Filósofo
e Santo Católico
Agostinho era filho do pagão
Patrício, africano romanizado e pequeno proprietário que se fez batizar na hora
da morte, e de (Santa) Mônica, cuja fé cristã influenciou o filho e contribuiu
para sua conversão. Recebeu uma formação cultural clássica e a leitura de obras
de Cícero o levou à busca filosófica que o faria assumir posições
intelectuais diferentes antes de chegar ao cristianismo católico. Foi professor
de retórica e gramática.
Durante a juventude e o início da vida
adulta, entregou-se a uma vida desregrada e promíscua. Teve um filho de uma
concubina, chamado Adeodato, que morreu aos 16 anos.
Agostinho aderiu inicialmente ao
maniqueísmo, doutrina do profeta persa Mani, para quem o universo é o campo de
batalha entre as forças do bem e do mal. Depois, tornou-se um cético filosófico
e dedicou-se ao estudo de Platão e do neoplatonismo, na obra de Plotino.
Mesclou a influência desses dois mestres em sua filosofia cristã.
Segundo relata em suas
"Confissões", a conversão ao cristianismo deveu-se a um episódio
envolvido em mistério. Agostinho escutou a voz de uma criança, que
lhe dizia "Toma e lê". Abriu a Bíblia ao acaso e leu as seguintes
palavras do apóstolo Paulo: "Como de dia, andemos decentemente; não em
orgias e bebedeiras, nem em devassidão e libertinagem, nem em rixas e ciúmes.
Mas vesti-vos do Senhor Jesus Cristo e não procureis satisfazer os desejos da
carne" (Romanos, 13,13). Em 387, foi batizado por (Santo) Ambrósio, bispo
de Milão.
Depois do batismo, retornou à África,
onde foi ordenado sacerdote, em 391, e depois bispo de Hipona (atual Bona, na
Argélia), em 396. Agostinho escreveu obra extensa, das quais podem se
destacar as "Confissões", de 398, a primeira autobiografia da
literatura universal, "A Trindade", obra pioneira no âmbito da
psicologia, e "A Cidade de Deus", de 427, em que estabelece a
diferenciação entre a felicidade terrena e a felicidade espiritual.
A obra filosófica de Santo
Agostinho leva em conta sua experiência pessoal e tem um caráter
inegavelmente introspectivo. Agostinho distingue na personalidade
humana uma trindade formada por memória, inteligência e vontade, e é
compreendendo-a que se pode compreender a trindade divina.
Fonte:
http://educacao.uol.com.br/biografias/santo-agostinho.jhtm
Santo Tomás de Aquino
Biografia
de Santo Tomás de Aquino
Tomás de Aquino (1225-1274),
considerado doutor da igreja católica juntamente com Santo Agostinho, é um dos
maiores filósofos da humanidade. É considerado o maior nome da escolástica e
santo da Igreja Católica, com o cognome de Doctor Angelicus.
Tomás de Aquino veio de uma família de
nobres. Nasceu em Aquino, localizado em Roccasecca, atual Lácio, na Itália. Fez
seus primeiros estudos no castelo de Monte Cassino. Em 1239, estudou as artes
liberais, conjunto de disciplinas de iniciação ao conhecimento filosófico e
teológico, Em Nápoles.
Em, 1240, tornou-se discípulo de Aberto
Magno em Colônia. Em 1252, formou-se em teologia. Na Itália, foi nomeado
professor na cúria pontifical de Roma.
Tomás de Aquino reestruturou o ensino
na Universidade de Nápoles. Fez parte da idealização do concílio de Lyon,
promovido pelo Papa Gregório 10°.
Tomás de Aquino tem importância
fundamental para o pensamento filosófico e teológico do ocidente. Em sua obra
principal, a “Suma Teológica”, expôs através de questões, os assuntos mais
relevantes sobre a fé e o conhecimento filosófico.
Na obra, o filósofo e teólogo teve como
preocupação central mostrar a relação entre o cristianismo e a filosofia
clássica grega, tendo as ideias de Aristóteles como fundamento. O conjunto
de livros é uma das obras centrais da literatura ocidental, além de ser o
sustentáculo do tomismo, corrente filosófica que tem as teorias de Tomás de
Aquino como substrato.
O tomismo foi um dos argumentos usados
pela Igreja Católica para reafirmar a fé cristã, principalmente na contrarreforma,
que tinha a intenção de combater o protestantismo na Europa.
Tomás de Aquino foi considerado doutor
da Igreja Católica, príncipe da escolástica. Foi canonizado em 1323, pelo Papa
João XXII. Morreu na Abadia de Fossenova, antes de participar do Concílio de
Lyon.
Fonte: http://www.e-biografias.net/
Santo
Tomás de Aquino
1225,
Roccasecca, perto de Nápoles (Itália)
7 de março de 1274, Convento de Fossanova, Província de Latina (Itália)
7 de março de 1274, Convento de Fossanova, Província de Latina (Itália)
Filósofo
e Teólogo Italiano
Nascido em uma família de nobres, Tomás
de Aquino fez os primeiros estudos no castelo de Monte Cassino. Em Nápoles,
para onde foi em 1239, estudou artes liberais, ingressando, em seguida, na
Ordem dos Dominicanos, em 1244. De Nápoles, a caminho de Paris, em companhia do
Geral da ordem, foi sequestrado por seus irmãos, inconformados com seu ingresso
no convento.
No ano seguinte, fiel à sua vocação
religiosa, viajou a Paris, onde se tornou discípulo de Alberto Magno,
acompanhando-o a Colônia. Em 1252, voltou a Paris, onde se formou em teologia e
lecionou durante três anos. Depois de voltar à Itália, foi nomeado professor na
cúria pontifical de Roma.
Ensina, durante anos, em várias cidades
italianas. Uma década depois, retorna a Paris, onde leciona até 1273. A seguir,
parte para Nápoles, onde reestrutura o ensino superior. Em 1274, convocado pelo
papa Gregório 10º, viaja para participar do Concílio de Lyon. Adoece, contudo,
durante a viagem, vindo a falecer no mosteiro cisterciense de Fossanova, aos 49
anos de idade.
Chamado de Doutor Angélico e de
Príncipe da Escolástica, Tomás de Aquino foi canonizado em 1323 e proclamado
doutor da Igreja Católica em 1567.
Provas da
existência de Deus
A primeira questão de que se ocupa
Tomás de Aquino - na Suma Teológica, sua obra máxima - é a das relações
entre a ciência e a fé, a filosofia e a teologia. Fundada na revelação, a
teologia é a ciência suprema, da qual a filosofia é serva ou auxiliar. À
filosofia, procedendo de acordo com a razão, cabe demonstrar a existência e a
natureza de Deus.
Profundamente influenciado por
Aristóteles, Tomás de Aquino sustenta que nada está na inteligência que não
tenha estado antes nos sentidos, razão pela qual não podemos ter de Deus,
imediatamente, uma ideia clara e distinta.
Assim, para provar a existência de
Deus, o filósofo procede a posteriori (que virá após uma ação), partindo
não da ideia de Deus, mas dos efeitos por ele produzidos, formulando cinco
argumentos, cinco vias:
1.
O movimento existe e é uma evidência (certeza) para os nossos sentidos; ora,
tudo o que se move é movido por outro motor; se esse motor, por sua vez, é
movido, precisará de um motor que o mova, e, assim, indefinidamente, o que é
impossível, se não houver um primeiro motor imóvel, que move sem ser movido,
que é Deus;
2.
Há uma série de causas eficientes, causas e efeitos, ao mesmo tempo; ora, não é
possível remontar indefinidamente na série das causas; logo, há uma causa
primeira, não causada, que é Deus;
3.
Todos os seres que conhecemos são finitos (que tem fim) e contingentes
(incertos), pois não têm em si próprios a razão de sua existência - são e
deixam de ser; ora, se são todos contingentes, em determinado tempo deixariam
todos de ser e nada existiria, o que é absurdo; logo, os seres contingentes
implicam o ser necessário, ou Deus;
4. Os seres finitos realizam todos determinados graus de perfeição (todas as qualidades), mas nenhum é a perfeição absoluta; logo, há um ser sumamente perfeito, causa de todas as perfeições, que é Deus;
5. A ordem do mundo implica em que os seres tendam todos para um fim, não em virtude de um acaso, mas da inteligência que os dirige; logo, há um ser inteligente que os dirige; logo, há um ser inteligente que ordena a natureza e a encaminha para seu fim; esse ser inteligente é Deus.
4. Os seres finitos realizam todos determinados graus de perfeição (todas as qualidades), mas nenhum é a perfeição absoluta; logo, há um ser sumamente perfeito, causa de todas as perfeições, que é Deus;
5. A ordem do mundo implica em que os seres tendam todos para um fim, não em virtude de um acaso, mas da inteligência que os dirige; logo, há um ser inteligente que os dirige; logo, há um ser inteligente que ordena a natureza e a encaminha para seu fim; esse ser inteligente é Deus.
Homem, alma e
conhecimento
Para Tomás de Aquino, o homem é corpo e
alma inteligente, incorpórea (ou imaterial), e se encontra, no universo, entre
os anjos e os animais. Princípio vital, a alma é o ato do corpo organizado que
tem a vida em potência.
Contestando o platonismo e a tese das
ideias inatas, Tomás de Aquino observa que se a alma tivesse de todas as coisas
um conhecimento inato, não poderia esquecê-lo, e, sendo natural que esteja
unida a um corpo, não se explica porque seja o corpo a causa desse
esquecimento.
Conhecer, para Tomás de Aquino, não é
lembrar-se, como pretendia Platão, mas extrair, por meio do intelecto
agente, a forma universal que se acha contida nos objetos sensíveis e
particulares. Do conhecimento depende o apetite, ou o desejo, inclinação da
alma pelo bem.
O homem, segundo Tomás de Aquino, só
pode desejar o que conhece, razão pela qual há duas espécies de apetites ou
desejos: os sensíveis e os intelectuais. Os primeiros, relativos aos objetos
sensíveis, produzem as paixões, cuja raiz é o amor. Quanto aos segundos,
produzem a vontade, apetite da alma em relação a um bem que lhe é apresentado
pela inteligência como tal.
Seguindo Aristóteles, Tomás de Aquino
diz que, para o homem, o bem supremo é a felicidade, que não consiste na
riqueza, nem nas honrarias, nem no poder, em nenhum bem criado, mas na
contemplação do absoluto, ou visão da essência divina, realizável somente na
outra vida, e com a graça de Deus, pois excede as forças humanas.
Catedral de Ideias
Expressão e apogeu do mundo medieval, o
tomismo é uma catedral de ideias, em que a teologia do século XIII (13)
encontrou sua formulação mais coerente e mais sólida. No entanto, nem sempre
foi aceito pelos escolásticos medievais: os seguidores de Duns Scotus, por
exemplo, combateram o seu intelectualismo.
Somente na segunda metade do século 16 o tomismo foi reconhecido como arma de defesa e ataque da Contrarreforma, época em que surgiram os grandes comentaristas do sistema, entre os quais o dominicano português Johannes de Sancto Thoma (1589-1644).
Depois de uma época de esquecimento, entre os séculos XVIII (18) e XIX (19), o tomismo renasceu sob a denominação de neotomismo, escola filosófica representada, por exemplo, pelos filósofos Étienne Gilson e Jacques Maritain.
Somente na segunda metade do século 16 o tomismo foi reconhecido como arma de defesa e ataque da Contrarreforma, época em que surgiram os grandes comentaristas do sistema, entre os quais o dominicano português Johannes de Sancto Thoma (1589-1644).
Depois de uma época de esquecimento, entre os séculos XVIII (18) e XIX (19), o tomismo renasceu sob a denominação de neotomismo, escola filosófica representada, por exemplo, pelos filósofos Étienne Gilson e Jacques Maritain.
Fonte: Enciclopédia Mirador Internacional ,Da Página 3 Pedagogia & Comunicação. http://educacao.uol.com.br/biografias/tomas-de-aquino.jhtm
Dia do Trabalho
História
do Dia do Trabalho
Tela Operários - Tarsila do Amaral. |
O Dia do Trabalho, comemorado no Brasil
e em várias partes do mundo em 1º de maio, é uma homenagem a uma greve ocorrida
na cidade de Chicago (EUA) no ano de 1886. A data foi marcada pela reunião de
milhares de trabalhadores que reivindicavam a redução da jornada de trabalho de
13 para 8 horas diárias.
Dias depois, em 4 de maio de 1886,
outra manifestação aconteceu em Chicago e resultou na morte de policiais e
protestantes. O evento também foi um dos originários do Dia do Trabalho e ficou
conhecido como Revolta de Haymarket. Três anos mais tarde, em 1889, o Congresso
Internacional Socialista realizado em Paris adotou como resolução a organização
anual, em todo 1º de maio, de manifestações operárias por todo o mundo, em
favor da jornada máxima de 8 horas de trabalho.
No ano seguinte, milhões de
trabalhadores da Alemanha, Áustria, Hungria, Bélgica, Dinamarca, Espanha,
Estados Unidos, Holanda, Grã-Bretanha, Itália e Suíça fizeram valer as decisões
do Congresso de 1889. O dia 1º de maio foi marcado por uma greve geral, onde os
operários desfilaram pelas ruas de suas cidades para mostrar apoio à causa
trabalhista. O dia passou a ser chamado de “Dia do Trabalho” e passava a
comprovar o poder de organização dos trabalhadores em âmbito
internacional.
A chegada dos imigrantes europeus ao
Brasil trouxe ideias sobre princípios organizacionais e leis trabalhistas, já
implantadas da Europa. Os operários brasileiros começaram a se organizar. Em
1917 aconteceu a Greve Geral, que parou indústria e comércio brasileiros. A
classe operária se fortalecia e, em 1924, o dia 1º de maio foi decretado
feriado nacional pelo presidente Artur Bernardes.
Mesmo tendo sido declarado feriado no
Brasil, até o início da Era Vargas o 1º de maio era considerado um dia de
protestos operários, marcado por greves e manifestações. A propaganda
trabalhista de Getúlio Vargas habilmente passou a escolher a data para anunciar
benefícios aos trabalhadores, transformando-a em “Dia do Trabalhador”. Desta
forma, o dia não mais era caracterizado apenas por protestos, e sim comemorado
com desfiles e festas populares, como é até hoje.
A Revolução Industrial, iniciada na
Inglaterra em meados do século XVIII, expandiu-se para o mundo a partir do
século XIX, alterando profundamente as relações sociais e econômicas no meio
urbano e as condições de vida dos trabalhadores. A substituição da manufatura
pela maquinofatura provocou um intenso deslocamento rural para a cidade,
gerando enormes concentrações populacionais, excesso de mão-de-obra e
desemprego.
Além disso, as condições de trabalho
naquele período eram muito precárias. As primeiras máquinas utilizadas na
produção fabril eram experimentais e, em razão disso, os acidentes de trabalho
eram comuns. Os operários, desprovidos de equipamento de segurança, sofriam com
constantes explosões e mutilações e não recebiam nenhum suporte de assistência
médica, nem seguridade social
Neste contexto, começaram a surgir os
primeiros protestos por mudança nas jornadas de trabalho. Apontada como a
primeira lei trabalhista, o Moral and Health Act foi promulgado na Inglaterra
por iniciativa do então primeiro-ministro, de Robert Peel, em 1802. Ele fixou
medidas importantes, mas inadmissíveis hoje em dia: duração máxima da jornada
de trabalho infantil em 12 horas, além de proibir o trabalho noturno.
Com as insatisfações dos trabalhadores
em ascensão, ganharam força os movimentos socialistas que pregavam igualdade.
Conscientes das condições precárias de trabalho, em 1848, Karl Marx e Friedrich
Engels publicaram o Manifesto Comunista, primeiro documento histórico a
discutir os direitos do trabalhador.
Temendo
adesões às causas socialistas, o chanceler alemão Otto von Bismarck
impulsionou, em 1881, a criação de uma legislação social voltada para a
segurança do trabalhador. Ele foi o primeiro a obrigar empresas a subscreverem
apólices de seguros contra acidentes de trabalho, incapacidade, velhice e
doenças, além de reconhecer sindicatos. A iniciativa abriu um precedente para a
criação da responsabilidade social de Estado, que foi seguida por muitos países
ao longo do século XX.
Por todo o mundo, a luta pelos direitos
sociais começava a dar resultados. Na América, não foi diferente: a
Constituição do México, promulgada em 1917, foi a primeira da História a prever
a limitação da jornada de trabalho para oito horas, a regulamentação do
trabalho da mulher e do menor de idade, férias remuneradas e proteção do
direito da maternidade. Logo depois, a partir de 1919, as Constituições dos
países europeus consagravam esses mesmos direitos.
Após a 1ª Guerra Mundial, o Tratado de
Versalhes, que garantiu a criação da Organização Internacional de Trabalho
(OIT), impulsionou a formação de um Direito do Trabalho mundial. Àquela época,
o conflito entre o capital e o trabalho era visto como uma das principais
causas dos desajustes sociais e econômicos que geraram a guerra.
O trabalho livre e assalariado ganhou
espaço após a abolição da escravidão no Brasil em 1888 e com a vinda dos
imigrantes europeus para o País. Mas as condições impostas eram ruins, gerando
no País as primeiras discussões sobre leis trabalhistas. O atraso da sociedade
brasileira em relação a esses direitos impulsionou a organização dos
trabalhadores, formando o que viriam a ser os primeiros sindicatos brasileiros.
As primeiras normas trabalhistas
surgiram no País a partir da última década do século XIX, caso do Decreto nº
1.313, de 1891, que regulamentou o trabalho dos menores de 12 a 18 anos. Em
1912 foi fundada a Confederação Brasileira do Trabalho (CBT), durante o 4º
Congresso Operário Brasileiro. A CTB tinha o objetivo de reunir as
reivindicações operárias, tais como: jornada de trabalho de oito horas, fixação
do salário mínimo, indenização para acidentes, contratos coletivos ao invés de
individuais, dentre outros.
A política trabalhista brasileira toma
forma após a Revolução de 30, quando Getúlio Vargas cria o Ministério do
Trabalho, Indústria e Comércio. A Constituição de 1934 foi a primeira a tratar
de Direito do Trabalho no Brasil, assegurando a liberdade sindical, salário
mínimo, jornada de oito horas, repouso semanal, férias anuais remuneradas,
proteção do trabalho feminino e infantil e isonomia salarial.
O termo “Justiça do Trabalho” também
apareceu pela primeira vez na Constituição de 1934, e foi mantida na Carta de
1937, mas só foi instalada de fato em 1941. A necessidade de reunir as normas
trabalhistas em um único código abriu espaço para Consolidação das Leis do
Trabalho (CLT), criada em 1943. Entre os anos 1940 e 1953, a classe operária
duplicou seu contingente. Aos poucos, também iam nascendo os sindicatos rurais.
O golpe militar de 1964 representou a
mais dura repressão enfrentada pela classe trabalhadora do País. As
intervenções atingiram sindicatos em todo o Brasil e o ápice foi o decreto nº
4.330, conhecido como lei antigreve, que impôs tantas regras para realizar uma
greve que, na prática, elas ficaram proibidas.
Depois de anos sofrendo cassações,
prisões, torturas e assassinatos, em 1970 a classe trabalhadora vê surgir um
novo sindicalismo, concentrado no ABCD paulista. Com uma grande greve em 1978,
os operários de São Bernardo do Campo (SP) desafiaram o regime militar e
iniciaram uma resistência que se estendeu por todo o País.
Após o fim da ditadura em 1985, as
conquistas dos trabalhadores foram restabelecidas. A Constituição de 1988
instituiu, por exemplo, a Lei nº 7.783/89, que restabelecia o direito de greve
e a livre associação sindical e profissional.
Fonte:http://www.brasil.gov.br/sobre/economia/trabalho-carreira/historia-do-dia-do-trabalho-1
Marechal Rondon
Cândido
Mariano da Silva Rondon
05/05/1865, Mimoso (MT)
19/01/1958, Rio de Janeiro (RJ)
19/01/1958, Rio de Janeiro (RJ)
Marechal do Exército, patrono das comunicações no
Brasil
Ainda
jovem, Rondon decidiu servir ao Exército e
dedicar-se à construção de linhas telegráficas pela vastidão do interior
brasileiro. Durante sua vida, percorreu mais de 100 mil quilômetros, abrindo
caminhos. Elaborou as primeiras cartas geográficas de cerca de 500 mil km2.
Fundou o Serviço de Proteção ao Índio. O marechal entraria para a história como
o pacificador e o patrono das comunicações.
De
origem indígena por parte de seus bisavós maternos e da bisavó paterna, Rondon
tornou-se órfão precocemente, tendo sido criado pelo avô e depois por um tio.
Quando adolescente, incluiu Rondon no seu nome de batismo, Cândido Mariano da
Silva, para não ser confundido com um homônimo de má reputação.
Em 1881, aos 16 anos, formado professor primário, transferiu-se para o Rio de Janeiro para ingressar na Escola Militar. Em 1890, recebeu o diploma de bacharel em matemática e ciências físicas e naturais da Escola Superior de Guerra do Brasil. Partidário das ideias positivistas, participou dos movimentos abolicionista e republicano.
Em 1881, aos 16 anos, formado professor primário, transferiu-se para o Rio de Janeiro para ingressar na Escola Militar. Em 1890, recebeu o diploma de bacharel em matemática e ciências físicas e naturais da Escola Superior de Guerra do Brasil. Partidário das ideias positivistas, participou dos movimentos abolicionista e republicano.
Em 1º
de fevereiro de 1892, casou-se com Francisca Xavier, com quem teve sete filhos,
e foi nomeado chefe do Distrito Telegráfico de Mato Grosso. Foi então designado
para a Comissão de construção da linha telegráfica que ligaria Mato Grosso e Goiás.
Rondon cumpriu essa missão abrindo caminhos, desbravando terras, lançando linhas telegráficas, fazendo mapeamentos e estabelecendo relações com os índios. Manteve contato com muitas tribos, entre elas os bororo, nhambiquara, urupá, jaru, karipuna, ariqueme, boca negra, pacaás novo, macuporé, guaraya, macurape. Em 1906 entregou uma linha telegráfica entre Cuiabá e Corumbá, alcançando as fronteiras de Paraguai e Bolívia.
Rondon cumpriu essa missão abrindo caminhos, desbravando terras, lançando linhas telegráficas, fazendo mapeamentos e estabelecendo relações com os índios. Manteve contato com muitas tribos, entre elas os bororo, nhambiquara, urupá, jaru, karipuna, ariqueme, boca negra, pacaás novo, macuporé, guaraya, macurape. Em 1906 entregou uma linha telegráfica entre Cuiabá e Corumbá, alcançando as fronteiras de Paraguai e Bolívia.
Seus
trabalhos desenvolveram-se de 1907 a 1915. Nesta época estava sendo construída
a ferrovia Madeira-Mamoré. A chamada Comissão Rondon deveria construir uma
linha telegráfica de Cuiabá a Santo Antonio do Madeira.
Em
1910 criou o Serviço de Proteção ao Índio (SPI). Obteve a demarcação de terras
de vários povos, entre eles os Bororo, Terena e Ofayé. Em 1912, Rondon foi
promovido ao posto de coronel, depois de ter pacificado os índios das tribos
caingangue e nhambiquara.
Em 1913, ganhou medalha de ouro "por trinta anos de bons serviços" prestados ao Exército e ao Brasil. No mesmo ano acompanhou o ex-presidente americano Theodore Roosevelt na sua expedição ao Amazonas. Em setembro de 1913, Rondon foi atingido por uma flecha envenenada dos índios nhambiquaras.
Salvo pela bandoleira de couro de sua espingarda, ordenou a seus comandados que não reagissem, demonstrando seu lema: "Morrer, se preciso for. Matar, nunca". Em 1914 a Sociedade Geográfica de Nova York conferiu a Rondon o Prêmio Livingstone, e determinou a inclusão de seu nome em uma placa de ouro, ao lado de outros grandes exploradores.
Em 1913, ganhou medalha de ouro "por trinta anos de bons serviços" prestados ao Exército e ao Brasil. No mesmo ano acompanhou o ex-presidente americano Theodore Roosevelt na sua expedição ao Amazonas. Em setembro de 1913, Rondon foi atingido por uma flecha envenenada dos índios nhambiquaras.
Salvo pela bandoleira de couro de sua espingarda, ordenou a seus comandados que não reagissem, demonstrando seu lema: "Morrer, se preciso for. Matar, nunca". Em 1914 a Sociedade Geográfica de Nova York conferiu a Rondon o Prêmio Livingstone, e determinou a inclusão de seu nome em uma placa de ouro, ao lado de outros grandes exploradores.
Em
1914, com a Comissão Rondon, construiu 372 km de linhas e mais cinco estações
telegráficas: Pimenta Bueno, Presidente Hermes, Presidente Pena (depois Vila de
Rondônia e atual Ji Paraná), Jaru e Ariquemes, na área do atual estado de
Rondônia. Em 1º de janeiro de 1915 conclui sua missão com a inauguração da
estação telegráfica de Santo Antonio do Madeira.
De
1919 a 1924 foi diretor de engenharia do Exército. Entre 1927 e 30 inspecionou
toda a fronteira brasileira desde a Guiana até a Argentina. Após a revolução de
1930, Getúlio Vargas, o
novo presidente, hostilizou Rondon que, para evitar perseguições ao Serviço de
Proteção aos Índios, deixou sua direção.
Em 1938, Rondon promoveu a paz entre a Colômbia e o Peru que disputavam o território de Letícia. No ano seguinte foi nomeado presidente do Conselho Nacional de Proteção ao Índio.
Em 1952 Rondon propôs a fundação do Parque Indígena do Xingu. No ano seguinte inaugurou o Museu Nacional do Índio. Em 5 de maio de 1955, data de seu aniversário de 90 anos, recebeu o título de Marechal do Exército Brasileiro concedido pelo Congresso Nacional. Em 17 de fevereiro de 1956, o Território Federal do Guaporé teve seu nome alterado para Território Federal de Rondônia, em 1981 elevado a estado.
Em 1938, Rondon promoveu a paz entre a Colômbia e o Peru que disputavam o território de Letícia. No ano seguinte foi nomeado presidente do Conselho Nacional de Proteção ao Índio.
Em 1952 Rondon propôs a fundação do Parque Indígena do Xingu. No ano seguinte inaugurou o Museu Nacional do Índio. Em 5 de maio de 1955, data de seu aniversário de 90 anos, recebeu o título de Marechal do Exército Brasileiro concedido pelo Congresso Nacional. Em 17 de fevereiro de 1956, o Território Federal do Guaporé teve seu nome alterado para Território Federal de Rondônia, em 1981 elevado a estado.
Em
1957 foi indicado para o prêmio Nobel da
Paz, pelo Explorer’s Club de Nova York. O dia 5 de maio é a data em que se
comemora o Dia das Comunicações no Brasil.
Fonte: Da Página 3 Pedagogia & Comunicação
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