Biografia
de Santo Tomás de Aquino
Tomás de Aquino (1225-1274),
considerado doutor da igreja católica juntamente com Santo Agostinho, é um dos
maiores filósofos da humanidade. É considerado o maior nome da escolástica e
santo da Igreja Católica, com o cognome de Doctor Angelicus.
Tomás de Aquino veio de uma família de
nobres. Nasceu em Aquino, localizado em Roccasecca, atual Lácio, na Itália. Fez
seus primeiros estudos no castelo de Monte Cassino. Em 1239, estudou as artes
liberais, conjunto de disciplinas de iniciação ao conhecimento filosófico e
teológico, Em Nápoles.
Em, 1240, tornou-se discípulo de Aberto
Magno em Colônia. Em 1252, formou-se em teologia. Na Itália, foi nomeado
professor na cúria pontifical de Roma.
Tomás de Aquino reestruturou o ensino
na Universidade de Nápoles. Fez parte da idealização do concílio de Lyon,
promovido pelo Papa Gregório 10°.
Tomás de Aquino tem importância
fundamental para o pensamento filosófico e teológico do ocidente. Em sua obra
principal, a “Suma Teológica”, expôs através de questões, os assuntos mais
relevantes sobre a fé e o conhecimento filosófico.
Na obra, o filósofo e teólogo teve como
preocupação central mostrar a relação entre o cristianismo e a filosofia
clássica grega, tendo as ideias de Aristóteles como fundamento. O conjunto
de livros é uma das obras centrais da literatura ocidental, além de ser o
sustentáculo do tomismo, corrente filosófica que tem as teorias de Tomás de
Aquino como substrato.
O tomismo foi um dos argumentos usados
pela Igreja Católica para reafirmar a fé cristã, principalmente na contrarreforma,
que tinha a intenção de combater o protestantismo na Europa.
Tomás de Aquino foi considerado doutor
da Igreja Católica, príncipe da escolástica. Foi canonizado em 1323, pelo Papa
João XXII. Morreu na Abadia de Fossenova, antes de participar do Concílio de
Lyon.
Fonte: http://www.e-biografias.net/
Santo
Tomás de Aquino
1225,
Roccasecca, perto de Nápoles (Itália)
7 de março de 1274, Convento de Fossanova, Província de Latina (Itália)
7 de março de 1274, Convento de Fossanova, Província de Latina (Itália)
Filósofo
e Teólogo Italiano
Nascido em uma família de nobres, Tomás
de Aquino fez os primeiros estudos no castelo de Monte Cassino. Em Nápoles,
para onde foi em 1239, estudou artes liberais, ingressando, em seguida, na
Ordem dos Dominicanos, em 1244. De Nápoles, a caminho de Paris, em companhia do
Geral da ordem, foi sequestrado por seus irmãos, inconformados com seu ingresso
no convento.
No ano seguinte, fiel à sua vocação
religiosa, viajou a Paris, onde se tornou discípulo de Alberto Magno,
acompanhando-o a Colônia. Em 1252, voltou a Paris, onde se formou em teologia e
lecionou durante três anos. Depois de voltar à Itália, foi nomeado professor na
cúria pontifical de Roma.
Ensina, durante anos, em várias cidades
italianas. Uma década depois, retorna a Paris, onde leciona até 1273. A seguir,
parte para Nápoles, onde reestrutura o ensino superior. Em 1274, convocado pelo
papa Gregório 10º, viaja para participar do Concílio de Lyon. Adoece, contudo,
durante a viagem, vindo a falecer no mosteiro cisterciense de Fossanova, aos 49
anos de idade.
Chamado de Doutor Angélico e de
Príncipe da Escolástica, Tomás de Aquino foi canonizado em 1323 e proclamado
doutor da Igreja Católica em 1567.
Provas da
existência de Deus
A primeira questão de que se ocupa
Tomás de Aquino - na Suma Teológica, sua obra máxima - é a das relações
entre a ciência e a fé, a filosofia e a teologia. Fundada na revelação, a
teologia é a ciência suprema, da qual a filosofia é serva ou auxiliar. À
filosofia, procedendo de acordo com a razão, cabe demonstrar a existência e a
natureza de Deus.
Profundamente influenciado por
Aristóteles, Tomás de Aquino sustenta que nada está na inteligência que não
tenha estado antes nos sentidos, razão pela qual não podemos ter de Deus,
imediatamente, uma ideia clara e distinta.
Assim, para provar a existência de
Deus, o filósofo procede a posteriori (que virá após uma ação), partindo
não da ideia de Deus, mas dos efeitos por ele produzidos, formulando cinco
argumentos, cinco vias:
1.
O movimento existe e é uma evidência (certeza) para os nossos sentidos; ora,
tudo o que se move é movido por outro motor; se esse motor, por sua vez, é
movido, precisará de um motor que o mova, e, assim, indefinidamente, o que é
impossível, se não houver um primeiro motor imóvel, que move sem ser movido,
que é Deus;
2.
Há uma série de causas eficientes, causas e efeitos, ao mesmo tempo; ora, não é
possível remontar indefinidamente na série das causas; logo, há uma causa
primeira, não causada, que é Deus;
3.
Todos os seres que conhecemos são finitos (que tem fim) e contingentes
(incertos), pois não têm em si próprios a razão de sua existência - são e
deixam de ser; ora, se são todos contingentes, em determinado tempo deixariam
todos de ser e nada existiria, o que é absurdo; logo, os seres contingentes
implicam o ser necessário, ou Deus;
4. Os seres finitos realizam todos determinados graus de perfeição (todas as qualidades), mas nenhum é a perfeição absoluta; logo, há um ser sumamente perfeito, causa de todas as perfeições, que é Deus;
5. A ordem do mundo implica em que os seres tendam todos para um fim, não em virtude de um acaso, mas da inteligência que os dirige; logo, há um ser inteligente que os dirige; logo, há um ser inteligente que ordena a natureza e a encaminha para seu fim; esse ser inteligente é Deus.
4. Os seres finitos realizam todos determinados graus de perfeição (todas as qualidades), mas nenhum é a perfeição absoluta; logo, há um ser sumamente perfeito, causa de todas as perfeições, que é Deus;
5. A ordem do mundo implica em que os seres tendam todos para um fim, não em virtude de um acaso, mas da inteligência que os dirige; logo, há um ser inteligente que os dirige; logo, há um ser inteligente que ordena a natureza e a encaminha para seu fim; esse ser inteligente é Deus.
Homem, alma e
conhecimento
Para Tomás de Aquino, o homem é corpo e
alma inteligente, incorpórea (ou imaterial), e se encontra, no universo, entre
os anjos e os animais. Princípio vital, a alma é o ato do corpo organizado que
tem a vida em potência.
Contestando o platonismo e a tese das
ideias inatas, Tomás de Aquino observa que se a alma tivesse de todas as coisas
um conhecimento inato, não poderia esquecê-lo, e, sendo natural que esteja
unida a um corpo, não se explica porque seja o corpo a causa desse
esquecimento.
Conhecer, para Tomás de Aquino, não é
lembrar-se, como pretendia Platão, mas extrair, por meio do intelecto
agente, a forma universal que se acha contida nos objetos sensíveis e
particulares. Do conhecimento depende o apetite, ou o desejo, inclinação da
alma pelo bem.
O homem, segundo Tomás de Aquino, só
pode desejar o que conhece, razão pela qual há duas espécies de apetites ou
desejos: os sensíveis e os intelectuais. Os primeiros, relativos aos objetos
sensíveis, produzem as paixões, cuja raiz é o amor. Quanto aos segundos,
produzem a vontade, apetite da alma em relação a um bem que lhe é apresentado
pela inteligência como tal.
Seguindo Aristóteles, Tomás de Aquino
diz que, para o homem, o bem supremo é a felicidade, que não consiste na
riqueza, nem nas honrarias, nem no poder, em nenhum bem criado, mas na
contemplação do absoluto, ou visão da essência divina, realizável somente na
outra vida, e com a graça de Deus, pois excede as forças humanas.
Catedral de Ideias
Expressão e apogeu do mundo medieval, o
tomismo é uma catedral de ideias, em que a teologia do século XIII (13)
encontrou sua formulação mais coerente e mais sólida. No entanto, nem sempre
foi aceito pelos escolásticos medievais: os seguidores de Duns Scotus, por
exemplo, combateram o seu intelectualismo.
Somente na segunda metade do século 16 o tomismo foi reconhecido como arma de defesa e ataque da Contrarreforma, época em que surgiram os grandes comentaristas do sistema, entre os quais o dominicano português Johannes de Sancto Thoma (1589-1644).
Depois de uma época de esquecimento, entre os séculos XVIII (18) e XIX (19), o tomismo renasceu sob a denominação de neotomismo, escola filosófica representada, por exemplo, pelos filósofos Étienne Gilson e Jacques Maritain.
Somente na segunda metade do século 16 o tomismo foi reconhecido como arma de defesa e ataque da Contrarreforma, época em que surgiram os grandes comentaristas do sistema, entre os quais o dominicano português Johannes de Sancto Thoma (1589-1644).
Depois de uma época de esquecimento, entre os séculos XVIII (18) e XIX (19), o tomismo renasceu sob a denominação de neotomismo, escola filosófica representada, por exemplo, pelos filósofos Étienne Gilson e Jacques Maritain.
Fonte: Enciclopédia Mirador Internacional ,Da Página 3 Pedagogia & Comunicação. http://educacao.uol.com.br/biografias/tomas-de-aquino.jhtm